domingo, 6 de dezembro de 2015

HENRIQUE EDUARDO ALVES JÁ SOFRE PRESSÃO PARA SAIR DO GOVERNO DILMA, E ESPERAR O DE TEMER.

Ministro do Turismo é um dos seis nomes do PMDB que ainda estão no primeiro escalão da presidente petista.

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB), começa a ser pressionado pelo grupo do vice-presidente Michel Temer a sair do governo. Por ora, Henrique fica onde está, informa o jornalista Bernardo Mello Franco em artigo na Folha de São Paulo neste domingo (6). Mas o desligamento do potiguar é dado como certo, e vai depender do andamento do processo de impeachment na Câmara dos Deputados.
Henrique Eduardo Alves é tido como homem de confiança do vice-presidente Michel Temer, e pessoa muito próxima ao atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha, por sinal, os dois primeiros políticos da linha de sucessão da presidente da República.
O político potiguar é um dos seis ministros do PMDB que permanecem na gestão da presidente Dilma Rousseff [o deputado Eliseu Padilha, que ocupava a pasta da Aviação Civil, entregou o cargo na última sexta-feira].
Além de Henrique Alves, Dilma ainda conta com os peemedebistas Helder Barbalho (Portos), Marcelo Castro (Saúde), Celson Pansera (Ciência e Tecnologia), Eduardo Braga (Minas e Energia) e Kátia Abreu (Agricultura).
De todos os políticos do PMDB com cadeira na Esplanada, a situação de Henrique Eduardo Alves é uma das mais vulneráveis porque o político está sem mandato parlamentar. “Sem gabinete próprio em Brasília, Henrique precisa retardar sua saída do governo porque corre o risco de ficar longe das articulações neste momento”, comentou um experiente observador da capital federal.
O grupo de Michel Temer já começou a atuar intensamente pelo impeachment da presidente Dilma. A saída de Padilha na última sexta-feira (4), de forma unilateral, é o primeiro sinal claro da nova postura do vice-presidente.
Caberá a Eliseu Padilha o mapeamento dos votos na comissão especial e no plenário da Câmara. Ele é especialista nesse tipo de trabalho desde a Constituinte, e ajudou recentemente Michel Temer na articulação política do governo petista.
O trabalho da comissão começa amanhã (7) com a indicação dos nomes de cada partido. São 65 deputados.
Além de evitar a debandada de ministros do PMDB, a presidente Dilma Rousseff trabalha para garantir o empenho dos peemedebistas na derrubada do pedido de impeachment já na comissão especial. Trata-se de um forte dilema a ser vivido por Henrique Eduardo Alves: o apego ao cargo de ministro ou a relação histórica com a cúpula do PMDB.

Fonte: Diógenes Dantas/http://www.nominuto.com/

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